segunda-feira, 18 de outubro de 2010

tempo implacável

Tanto a ser dito... e nada que eu gostaria de registrar para sempre... mas enfim, registros devem ser feitos...

e eu tenho apenas o testemunho de que o tempo passa implacável. "Prontos ou não, aí vou eu!" e assim morre mais alguém que eu nem sei o quanto cheguei a amar.
amei porque foi alguém.
quem foi pra mim?
é sempre injusto julgar um sentimento morto...

e lá se foi mais um exemplo de como não morrer minha vida! eu quero mais!





minha avó me criou. lavou passou e cozinhou enquanto eu crescia e se fosse por ela não teria aprendido nada disso, mas tudo bem...
ela também mentia pro meu pai dizendo que eu já tinha tomado banho, pq pra ela no banho pegava friagem e deixava a gente doente...
mas ela deixava eu comer pudim quentinho acabado de sair do forno... e contava histórias de saci e lobisomem que ela creditava que aconteceram mesmo perto dela no sitio onde cresceu...

ela não se casou com o homem dos seus sonhos e quando se lembrava disso frustrava-se...

era facil convence-la a deixar ir pra casa das amiguinhas...
ela nunca saia de casa...
NÃO ME LEMBRO DE ESTAR NO COLO DELA...
lembro bem da minha irmã no colo dela. sempre...

só fomos conversar como amigas quando ela teve o derrame e eu cuidava dela...
tive que delegar a responsabilidade para suas filhas...



e minhas chances de fazer melhor vão uma a uma contando regressivamente... pra onde eu vou agora?

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